PIRATAS PIRADOS – A equipe da
Aardman já nos legou verdadeiras pérolas do cinema de animação. Primeiro com A fuga das galinhas, depois com a dupla
Wallace e Gromit, desde seus curtas iniciais até sua aventura em
longa-metragem, Wallace e Gromit – a
batalha dos vegetais. Este é mais um exemplar da fábrica de alegres
loucuras que é a produtora inglesa, uma das mais queridas no coração de quem
gosta do gênero.
Aqui, ela aproveita para fazer
piada com a série Piratas do Caribe,
mas sobram referências para vários outros sucessos recentes. Um grupo comandado
pelo amalucado Capitão Pirata sai em busca do prêmio de Pirata do Ano, mas para
isso terá de derrotar seus grandes rivais. E a diversão está garantida! As
vozes originais são de Hugh Grant, Salma Hayek, Imelda Staunton e Brendan
Gleeson, mas você só vai poder ouvi-las quando sair o DVD, porque, claro, aqui
só vai passar a versão dublada (então por que diabos fazem tanta propaganda das
vozes originais nos anúncios?).
O único trailer legendado que encontrei foi este (ao que parece, não é oficial). Aproveite.
:
UMA LONGA VIAGEM – O grande
vencedor do Festival de Gramado de 2011 é mais um filme que ecoa as dores da
ditadura militar, uma chaga que, parece, nunca vai cicatrizar no cinema
brasileiro.
Misto de drama e documentário,
narra os desencontros de três irmãos: o mais novo é mandado para Londres, para
não entrar na luta armada que acaba por seduzir o irmão mais velho. Já a irmã
do meio se torna presa política e, anos depois, cineasta formada, relembra a história
por meio de cartas que trocou com o irmão exilado e entrevistas feitas com ele.
Sensível e poético, é uma espécie de expurgo das dores familiares da diretora,
Lúcia Murat. Caio Blat também levou um Kikito por sua atuação neste filme.
Veja o trailer:
BATTLESHIP – BATALHA DOS MARES –
O blockbuster da semana é esta adaptação para cinema de um popular jogo de
tabuleiro (sic) (não confundir com o conhecido Batalha Naval), ou seja, crê-se
que Hollywood em breve irá fazer filmes a partir de figurinhas de chiclete. Há
todos os artefatos esperados de uma superprodução do gênero: cenas
grandiloqüentes de batalhas, explosões, algum romance, piadinhas sem graça e os
efeitos especiais que são, afinal, o grande atrativo desse Independence day aquático. Mas o maior deles está mesmo no elenco,
a cantora Rihanna fazendo sua estréia como atriz, escondida em uniforme militar
falando meia dúzia de frases idiotas. Mas é claro que todo mundo vai querer
ver, então, para que escrever uma crítica sobre este filme? É claro também que
será exibido em 3D em algumas salas, para quem quiser sentir o gosto da água
salgada na sala escura e agüentar passar três horas vendo o balanço do mar sem
se sentir enjoado.
O EXÓTICO HOTEL MARIGOLD – John Madden
ganhou o Oscar de melhor diretor em 1999 por Shakespeare apaixonado, mas hoje pouca gente se lembra disso.
Egresso do teatro inglês, sua carreira tinha tudo para deslanchar no cinema,
mas não foi o que aconteceu. Madden limitou-se a dirigir títulos sem muito
impacto ou ressonância no meio, como o adocicado O Capitão Corelli e o razoável, mas sem maior destaque, Killshot – tiro certo. Este aqui segue o
mesmo caminho e não deverá ter mais atenção. A trama acompanha um grupo de
aposentados ingleses que resolve se mudar para um recém-inaugurado hotel na
Índia e descobrem que o lugar não é aquilo tudo que os anúncios vendiam. O
elenco é bom: tem Judi Dench, Tom Wilkinson, Maggie Smith, Bill Nighy e até Dev
Patel (o astro de Quem quer ser um
milionário, lembram-se?), dando o tempero local.
AMOR E DOR – A mais banal e
ridícula das rimas poéticas dá nome a este filme sobre uma estudante chinesa
que chega a Paris e se apaixona por um jovem trabalhador local. Quando ela
precisa voltar a seu país, percebe como era grande o amor que sentia pelo
rapaz. Pela sinopse, o filme tem mesmo tudo a ver com a rima que lhe serve de
título.
ROMANCE DE FORMAÇÃO –
Documentário nacional mostrando as aventuras e atribulações de jovens
estudantes que saem do país para fazer intercâmbio no exterior. A “formação”
refere-se à sua capacitação intelectual e profissional; o “romance”, óbvio,
descreve os caminhos do coração, sempre imprevisíveis, mesmo diante das
barreiras lingüísticas. Para jovens que vivem a mesma realidade mostrada na
tela, o filme é obrigatório. Quem tem mais de 20 anos e um diploma na mão, não
terá maior interesse.
PARA POUCOS – Comédia francesa
que gira sobre um romance a quatro. Com a sumida Elodie Bouchez, que teve seus
melhores dias na juventude, quando estrelou A
vida sonhada dos anjos e Diário
roubado. Será que o título nacional é autoexplicativo?
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