ARROW
Onde e quando: Warner,
segunda-feira e terça-feira, 22h25; sábado, 11h50; domingo, 12h (a confirmar;
o canal muda a programação a seu bel-prazer).
Elenco: Stephen Amell, Katie
Cassidy, David Ramsey, Willa Holland, Colton Raynes, Emily Bett Rickards, Paul
Blackthorne.
Sinopse: O Arqueiro Verde
é a identidade secreta do milionário Oliver Queen, que combate o crime nas
noites de Sterling City.
Comentários: Não é só no
cinema que os super-heróis fazem sucesso. Prova disso é esta segunda temporada
desse personagem surgido nas páginas da DC Comics nos anos 40 e que entre nós
ficou conhecido como Arqueiro Verde. Não sou grande conhecedor do universo dos
quadrinhos, mas, até onde sei, nunca foi dos mais populares. Foi, portanto, uma
aposta arriscada de Greg Berlanti, diretor de Juntos pelo acaso e produtor de Lanterna
Verde, de levá-lo para a TV, mas funcionou tanto que uma terceira leva de
episódios já foi confirmada. Achei a primeira temporada apenas regular, presa a
um esquematismo incômodo, com pouca variação nos roteiros. Mas isso talvez
fosse necessário para dar ao público a chance de conhecer o herói e suas
motivações. Sua origem é explicada logo no início. O milionário Oliver Queen
sai para passear de iate com sua amante, Sara Lance, mas sofrem um acidente; ela
é dada como morta e ele acaba em uma ilha (sempre tem uma ilha!), na qual passa
cinco anos prisioneiro. Consegue fugir e assume a identidade secreta do
Arqueiro Verde, ou Capuz, ou, como passa a ser chamado nessa segunda temporada,
Vigilante. Toca seus negócios durante o dia e, à noite, combate o crime na
cidade, seguindo uma lista de inimigos deixada pelo falecido pai. Nessa nova temporada,
a estrutura narrativa da série ganha dinamismo e abre outras alternativas para
o herói, bem como desenvolve melhor o universo em que ele orbita. Se na
primeira temporada cada história era fechada em si mesma, sempre de uma forma
monocórdia – o tripé
crime-perseguição-resolução – , agora surgem
vilões mais elaborados, ao mesmo tempo em que a vida pessoal de Queen ganha
contornos mais dramáticos. Primeiro, tem de lidar com o julgamento da mãe
(prefiro não revelar detalhes); depois, tenta se reaproximar de sua
ex-namorada, a jornalista Laurel, irmã de Sara, enquanto se sente atraído por
sua ajudante nerd, Felicity, uma das poucas pessoas que conhecem sua identidade
secreta – a outra é Diggle, segurança da
família, agora promovido a seu braço-direito. Os ajustes feitos para essa
segunda temporada melhoraram bastante o clima geral. Os roteiros são mais estruturados,
apoiando a ação em motivações consistentes, abrindo espaço para algumas doses
de romance e humor. Gosto das nuances esverdeadas da fotografia noturna,
conferindo uma identidade visual própria à série. Não dá para dizer que é
exatamente uma revelação, porque já conta pouco mais de 30 créditos na
carreira, a maioria na TV (esteve em Hung
e Private practice), mas Amell
encarna o Arqueiro com talento e vibração, candidatando-se a futuro astro de
fitas de aventura. Curiosidade: uma nova série do herói The Flash foi originada
a partir de um dos episódios dessa segunda temporada.
Por que ver? É uma ótima
escolha para fãs de filmes de super-heróis, mantém o interesse o tempo todo e
agrada nas cenas de ação. Bom elenco e ganchos bem-bolados.
Por que não ver?
Quem
não viu a primeira temporada pode não se interessar. Os episódios inéditos só
passam dublados e as reprises, quando acontecem, são poucas e em horários
ruins.
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